Patenteiam-se os Autores; À baila caminha Dante rumo à sua Beatriz; Corre hades, sobeja purgatório, enleva-se ante ao paraíso; Chorosa Ofélia que aflita convoca seu amado, Ofuscado em assombros por seus rancorosos fantasmas; Nada lhe resta se não submergir-se floreada em desassossego ante às águas; Vem também ambicioso Macbeth, precipitado brada a vitória frente a seu exército; O destino selado, fatal pacto; De sua Lady fez-se a loucura; no amor e na honra, nem mesmo o poder vence a culpa; Convocam Otelo, que de ódio contaminou-se-lhe o amor, E de fresco licor, uma gota de ciúme, envenenando-lhe a alma, transborda frasco de horror; Que estranha a dança de paixão e pavor, Na existência humana, Em suas quimeras coordenadas, Não resta sombra de dúvidas, Coreografam-se com o terror. Paraíso Perdido, a expulsão foi-nos certa, Consciência do todo, paga com inocência, E do fogo roubado Prometeu aturgiu; E contrapondo a desordem, O Ato Puro ordeno...
Ensaios de uma alma frenética.