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Dança dos Clássicos - Poema



Patenteiam-se os Autores;
À baila caminha Dante rumo à sua Beatriz;
Corre hades, sobeja purgatório, enleva-se 
ante ao paraíso;

Chorosa Ofélia que aflita convoca seu amado,
Ofuscado em assombros por seus rancorosos fantasmas;
Nada lhe resta se não submergir-se floreada em desassossego ante às águas;

Vem também ambicioso Macbeth,
precipitado brada a vitória frente a seu exército; 
O destino selado, fatal pacto;
De sua Lady fez-se a loucura;
no amor e na honra,
nem mesmo o poder vence a culpa;

Convocam Otelo, que de ódio 
contaminou-se-lhe o amor,
E de fresco licor, uma gota de ciúme, 
envenenando-lhe a alma,
transborda frasco de horror;

Que estranha a dança de paixão e pavor, 
Na existência humana,
Em suas quimeras coordenadas,
Não resta sombra de dúvidas,
Coreografam-se com o terror.

Paraíso Perdido, a expulsão foi-nos certa,
Consciência do todo, paga com inocência,
E do fogo roubado Prometeu aturgiu;
E contrapondo a desordem, 
O Ato Puro ordenou;
Autores tantos, que o sentido pungiu;
Amando a existência, em seus cumes depressos;
Os escritos harmônicos se fizeram precisos,
Exprimindo na alma, realçada presença,
Ambicionando a verdade,
Impugnada sentença.


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